PARASITISMO POR STRONGYLOIDES STERCORALIS EM PACIENTES COM CÂNCER NA BAIXADA FLUMINENSE, ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Antonio Neres Norberg

Resumo


A possibilidade de Strongyloides stercoralis ocasionar quadros de hiperinfecção ou doença disseminada em imunocomprometidos, portadores ou não de neoplasias malignas motivou esta pesquisa sobre a incidência da estrongiloidose em pacientes do Serviço de Oncologia do Hospital Universitário da Universidade Iguaçu, e serviços particulares na cidade do Rio de Janeiro. O estudo prospectivo aconteceu com 107 pacientes, entre julho/2001 e junho/2011. Os pacientes estavam sem medicação anti-helmíntica recente e registro do número de leucócitos e eosinófilos em hemograma recente, e tiveram três amostras de fezes coletadas em diferentes dias. As coletas não foram relacionadas à presença ou não de diarreia, e os exames parasitológicos das fezes foram por flotação e sedimentação. Da amostra de conveniência a maior procedência foi de pacientes vindos das áreas suburbanas (p<0,05). Foi verificado que em 81 (75,7%) pacientes a contagem de linfócitos revelou estarem imunossuprimidos; que 18 (16,48%) eliminavam ovos de helmintos nas fezes, sendo que 7,48% também eliminavam larvas de S. stercoralis; a prevalência média de infecção entre os pacientes imunossuprimidos foi de 19,45%, média de 8,33% para S. stercoralis. Dos 18 casos positivos, 16 (88,9%) foram registrados entre os imunossuprimidos, e entre os oito infectados por S. stercoralis, sete (87,5%) eram imunossuprimidos. Houve diferença significativa entre os casos positivos de helmintíases de zonas urbanas e suburbanas (p<0,05), também houve diferença não significativa entre as infecções por S. stercoralis e outros helmintos (p>0,05). Pelo coeficiente de Pearson foi verificado não haver correlação entre o número de eosinófilos e os casos de helmintíases nestes pacientes (p>0,05).

Palavras-chave


Imunodeficiência, estrongiloidiase, neoplasia

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